
O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) concedeu entrevista ao Jornal Jovem Pan, onde discutiu o polêmico Projeto de Lei (PL) da Anistia, agora chamado também de PL da Dosimetria. Durante a entrevista, Aécio revelou que a mudança de nome do projeto foi uma sugestão sua, com o intuito de facilitar um entendimento político em meio à crescente polarização que assola o Brasil. O ex-presidenciável foi, ao lado do ex-presidente Michel Temer, do MDB, o primeiro político a se encontrar com on deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do texto na Câmara.
Ele ressaltou que, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), a anistia para crimes contra o Estado democrático de direito é considerada inconstitucional. “Respeito as pessoas que apoiam a anistia, e quem não apoia. Eu, pessoalmente, considero a anistia para crimes de abolição do Estado Democrático de Direito inconstitucional, como já definiu o Supremo. A marca do golpe vai ficar, é definitiva”, disse. No entanto, o tucano vê a discussão sobre o tema como uma oportunidade para resgatar o diálogo político no país. “É preciso pacificar o Brasil.”
Aécio destacou a importância de encontrar um caminho que permita ao Brasil avançar em questões cruciais, como segurança pública, educação e reforma tributária. Ele defendeu a ideia de atenuar penas para aqueles que participaram de forma menos significativa nos eventos de 8 de Janeiro, permitindo que essas pessoas possam retomar suas vidas. A proposta de mudança no nome do projeto, segundo Neves, visa evitar novos conflitos com o Poder Judiciário e promover um senso de justiça mais equilibrado.
Durante a entrevista, a comentarista Dora Kramer questionou Aécio Neves sobre a possibilidade de o Congresso alterar o Código Penal para reduzir penas. O senador afirmou que há espaço para uma revisão efetiva, mas destacou a importância de um projeto de convergência entre os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. Ele mencionou a possibilidade de enfrentar a questão das penas somadas para crimes correlatos, o que poderia resultar na soltura de cerca de 200 brasileiros envolvidos nos eventos em questão.
Por fim, Aécio expressou sua esperança de que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da blindagem, que busca proteger parlamentares de processos judiciais, não avance no Senado. “Eu espero que essa PEC morra na praia”, declarou o senador. Ele destacou que a política deve resolver suas questões internamente, sem recorrer ao Judiciário, evitando assim a “radicalização dos extremos” e promovendo um ambiente político mais centrado.
Para tucano, o diálogo e a cooperação entre os poderes são essenciais para o fortalecimento da democracia e para a construção de um futuro mais justo para todos os brasileiros. “Eu acho que está na hora de radicalizarmos no centro.”
Confira a entrevista
*Reportagem produzida com auxílio de IA
source https://jovempan.com.br/programas/jornal-jovem-pan/aecio-neves-considera-anistia-inconstitucional-e-defende-projeto-de-dosimetria-e-preciso-pacificar-o-brasil.html
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